Casa Parkway
Localizada no Setor de Mansões do Parkway, área residencial de Brasília caracterizada por uma baixa densidade populacional e seus característicos condomínios de 2 hectares, a casa busca se relacionar com as características do seu entorno. O lote apresenta um pequeno desnível, praticamente desprezível se considerada a grande área edificável, o que levou a uma série de estudos de ocupação, dentre os quais se destacaram as plantas térreas com uma relação mais direta com as áreas externas.
O condomínio cercado permite à residência uma relação franca com a rua, com acessos diretos de veículos e pedestres à fachada frontal. Ali, uma parede de tijolos faz a separação entre as duas entradas principais: à direta, a garagem; à esquerda, a entrada principal da sala.
A distribuição dos espaços internos da casa buscou incentivar o convívio familiar em torno das áreas sociais de maior permanência. Os núcleos social, íntimo e de serviços são conectados a partir de um nó central, a cozinha – interpretada nesse contexto como uma extensão das áreas sociais – mas se apresentam bem caracterizados, de modo a criar diferentes relações entre interior e exterior, a depender do contexto.
Assim, a porção social da casa se apresenta mais aberta e francamente relacionada com a maior área vazia do lote, prevista para atividades de lazer. Os serviços – área, despensa, dependência, garagem e depósito – ficam na parte oposta, reservados. Na área posterior do lote ficam os quartos, com possibilidade de se integrar tanto à área de lazer como a um pátio menor de escala intimista. Uma grande varanda/pergolado, orientada à leste, faz a transição entre os núcleos social e íntimo.